22/05/2023 às 13h55min - Atualizada em 19/09/2024 às 14h00min

Maio Verde: prevenção e combate ao glaucoma

OMS indica que neuropatia que provoca perda do campo visual é a primeira causa de cegueira irreversível no mundo

Lia Lopes
www.hobr.com.br
Pixabay


O levantamento “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, divulgado pelo Ibope Inteligência no segundo semestre de 2020, mostrou que quatro em cada dez brasileiros não sabem o que é glaucoma. Entre os jovens (18 a 24 anos) 53% desconhecem a doença e o índice chega a 71% entre adultos com mais de 55 anos. Esses são números preocupantes, já que o glaucoma é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de cegueira irreversível no mundo e que mais de 118 milhões de pessoas terão sido diagnosticadas com glaucoma em 2040 no mundo, segundo estimativa da International Agency for Blindeness Preventions. Conscientizar as pessoas sobre os riscos e a necessidade de prevenção e controle dessa doença potencialmente perigosa para a saúde ocular é o objetivo da campanha Maio Verde, que tem o dia 26 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.
Glaucoma é uma neuropatia óptica grave, que provoca perda permanente do campo visual e, muitas vezes, somente é percebida pelo paciente em estado avançado, muitas vezes quando 40% a 50% da visão já tenham sido perdidas. No Brasil, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o glaucoma pode atingir de 2% a 3% dos indivíduos acima de 40 anos. A estimativa é de um crescimento de 50% nos próximos cinco anos, devido ao envelhecimento da população. “O glaucoma tem como característica não apresentar sintomas, podendo levar meses ou até anos para que a pessoa venha notar alguma alteração no campo de visão. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença são fundamentais para controlar a evolução do quadro e evitar a queda na qualidade visual do paciente”, afirma o Dr. Ricardo Yuji Abe, especialista em Glaucoma do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), uma empresa do Grupo Opty.  
O oftalmologista explica que a doença afeta o nervo óptico e é uma condição degenerativa.  De acordo com ele, o aumento da pressão intraocular é o principal - mas não exclusivo - culpado.  “Na verdade, a doença pode ocorrer também em pessoas com pressão intraocular normal, já que há outros fatores de risco relevantes, como idade, alta miopia, diabetes, histórico familiar, uso excessivo de medicamentos à base de corticoides e outras condições médicas. Afrodescendentes também são mais suscetíveis ao glaucoma, inclusive às formas de mais difícil controle. Simplificando, glaucoma e hipertensão ocular não são sinônimos”, observa.
Embora não tenha cura, o glaucoma pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo, fazendo com que a perda da visão seja interrompida. Em grande parte dos casos, é necessário o uso de colírios diariamente para controle. A maioria dos glaucomas é assintomático, ou seja, o paciente não sente nada nos estágios iniciais. A pressão ocular elevada vai lentamente danificando o nervo da visão, levando a uma perda imperceptível na periferia do campo visual. Quando não tratada, a doença avança e os defeitos de campo visual se estendem para o centro da visão, causando perda irreversível da visão, afetando assim a qualidade de vida do paciente. O glaucoma também pode ser encontrado -  apesar de raro -  em adolescentes ou adultos jovens, geralmente causando pressões bem elevadas, justificando alguns sintomas como dores de cabeça e a percepção de halos coloridos ao redor de focos luminosos.
A doença é também um dos principais motivos da cegueira na infância, sendo responsável por até 20% dos casos, de acordo com estudos do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). “Diferentemente do adulto, o recém-nascido com glaucoma apresenta muitos sintomas, como lacrimejamento, aversão à luz, aumento do tamanho do globo ocular, além da perda do brilho natural dos olhos. Esses indícios podem surgir mais comumente em qualquer momento durante o primeiro ano de vida”, alerta o Dr. Yuji Abe. O diagnóstico do glaucoma infantil pode ser feito por meio do Teste do Olhinho.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Glaucoma acredita que a patologia atinja mais de 2 milhões de indivíduos. Com o avanço de novas tecnologias, hoje é possível oferecer ao paciente um tratamento mais moderno, com aplicação de laser ou procedimento cirúrgico. “O check-up oftalmológico realizado anualmente é essencial, pois possibilita o diagnóstico precoce de diversas patologias oculares, proporcionando um tratamento adequado para os pacientes”, conclui o Dr. Ricardo Yuji Abe.

Sobre o Opty
Desde 2016 o Grupo Opty agrega 27 marcas associadas, totalizando 85 unidades, 1400 médicos oftalmologistas e aproximadamente 3000 colaboradores atuando em todas as regiões do país. Além das marcas própria HOBrasil (BA, DF, RJ e SP) e Centro Oftalmológico Dr. Vis (PE, RJ, SP e SC), fazem parte dos associados: o Hospital Oftalmológico de Brasília (DF), Hospital de Olhos INOB (DF), Hospital de Olhos do Gama (DF), Visão Hospital dos Olhos (DF), Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), Instituto de Olhos Villas (BA), Oftalmoclin (BA), Oftalmodiagnose (BA), Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), Sadalla.Smart (SC), HCLOE (SP), Visclin Oftalmologia (SP), Eye Center Oftalmologia (RJ), COSC (RJ), Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade Paulista de Oftalmologia (SP), HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP), Visão Center (PE), Íris Oftalmo (PE), SEOPE (PE) e CEOP – Centro de Olhos do Pará (PA).

 

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Lia Lopes

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