"A Celac pode contribuir para resgatar a credibilidade da ONU, elegendo a primeira mulher secretária-geral da organização", afirmou Lula. O Brasil sugeriu uma declaração especial sobre o tema para ser apreciada durante o encontro.
"A liberdade e a autodeterminação são as primeiras vítimas de um mundo sem regras multilateralmente acordadas. Imigrantes são criminalizados e deportados sob condições degradantes. Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os preços", destacou Lula.
"Quanto mais fortes e unidas estiverem nossas economias, mais protegidos estaremos contra ações unilaterais", prosseguiu o presidente.
O discurso do presidente brasileiro foi acompanhado por diferentes chefes de governo, incluindo a presidente de Honduras e anfitriã do encontro, Xiomara Castro, além da presidente do México, Claudia Sheibaum; do presidente da Colômbia, Gustavo Petro; do presidente do Uruguai, Yamandu Orsi; do presidente da Bolívia, Luís Arce, entre outros. Ao todo, a Celac reúne 33 países latino-americanos e caribenhos.
"Considero que hoje, mais do que nunca, é um bom momento para reconhecer que América Latina e Caribe requerem solidariedade e unidade de seus governos e de seus povos, a fim de fortalecer uma maior integração regional, sempre no marco do respeito mútuo e observância e soberania e independência de nossos países e acordos comerciais que cada um pode ter", disse a presidente do México, Claudia Sheinbaum.
"Existe uma agenda proposta para a solidão e uma agenda proposta para a ajuda comum. E depende do que escolhemos como prioridade. A agenda da solidão só tem dois nomes: imigrações e bloqueio. A agenda da ajuda comum é mais complexa, mais difícil, mas muitíssimo mais interessante para todos e todas aqui presentes", reforçou o líder colombiano, Gustavo Petro.
Fundada em fevereiro de 2010, a Celac reúne os 33 países da América Latina e do Caribe que abrangem uma área de mais de 22 milhões de km², o que equivale a cinco vezes o território da União Europeia. A população total somada, de 670 milhões, é o dobro do número de habitantes dos Estados Unidos.
Após a cúpula, Lula retorna ao Brasil, onde deve desembarcar na madrugada desta quinta-feira (10), em Brasília.