“A Marcha Global para Gaza é um movimento cívico, apolítico e independente. Não representamos nenhum partido político, ideologia ou religião. Representamos o povo, em toda a sua diversidade e humanismo”, diz o perfil da organização na internet.
Nesta segunda-feira (8), após a prisão dos ativistas da Flotilha da Liberdade por Israel, comboios de ativistas do magreb africano saíram da Argélia e da Tunísia com destino ao Cairo, no Egito. As caravanas do Norte da África, apelidadas de Soumoud, que significa “firmeza” em árabe, esperam ainda reunir manifestantes da Líbia, Marrocos e outros países da região.
São esperados manifestantes das mais diversas partes do mundo, como Canadá, Estados Unidos (EUA), Espanha, Turquia, Alemanha, Grécia, Africa do Sul, Malásia e Brasil.
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A brasileira Adriana Machado, membro do Partido da Causa Operária (PCO), está em Paris e vai pegar um avião para o Cairo nos próximos dias. Ela contou à Agência Brasil que eles ainda não sabem como o governo do Egito vai reagir à mobilização internacional.
“A gente acorda todo dia com imagens de crianças sendo mortas em Gaza e não podemos ficar em silêncio. Essa Marcha é resultado de uma organização mundial que quer lutar contra o imperialismo e o sionismo, que cometem esse genocídio e tem o apoio da imprensa capitalista que não mostra direito que está acontecendo”, protestou Adriana.
A meta da marcha é, assim como a dos ativistas da Flotilha da Liberdade, romper o cerco de mais de três meses de Israel contra Gaza, impondo a fome a uma população de mais de 2 milhões de palestinos. Segundo informa a ONU, cerca de 3 mil caminhões com ajuda humanitária se acumulam na fronteira com o Egito.
A organização não governamental (ONG) dos EUA Vozes Judaicas Pela Paz (Jewish Voice for Peace, em inglês), críticos da guerra em Gaza, convocam apoiadores a se juntarem à Marcha Global para Gaza.
“A situação em Gaza é insuportável e governos e organismos internacionais falharam em intervir para fazer justiça ao povo palestino. Portanto, precisamos fazer isso nós mesmos. Uma congregação internacional se reunirá em 15 de junho no Egito e seguirá em direção à fronteira com Rafah”, diz comunicado da ONG.