As investigações apontam que mais de 300 mototaxistas estavam cadastrados no aplicativo.
O lucro mensal da organização criminosa pode chegar a R$ 1 milhão, de acordo com a polícia. Empresas de fachada eram utilizadas para disfarçar as operações financeiras e proporcionar aparência de legalidade ao aplicativo.
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A polícia explicou que o esquema do aplicativo era dividido em duas frentes: uma lançava mão de ameaças e extorsões para que os mototaxistas utilizassem o aplicativo. Outra atuação era o recebimento e gerenciamento dos valores arrecadados, que eram integralmente revertidos ao chefe do tráfico local.
A facção que domina a Vila Kennedy é a maior do estado. Há pouco menos de dez anos, a comunidade ganhou formalmente status de bairro. De acordo com a prefeitura, cerca de 20 mil pessoas moram na região.
Em algumas comunidades do Rio de Janeiro são frequentes relatos de que motoristas de aplicativos legalizados não podem circular pelas áreas dominadas por traficantes. Em muitas há também a presença de barricadas clandestinas, que impedem a passagem de diversos tipos de veículos.