Raissa, editora da Radioagência Nacional, uma das criadoras do podcast Vide Bula, comemorou o reconhecimento:
Patrícia Serrão, editora e também criadora do Vide Bula, destacou o espaço dado à diversidade:
"Eu acho importante esse prêmio porque reconheceu uma série de categorias diferentes, jornalistas de jornais do Sul, do Norte, do Nordeste, várias vozes da imprensa brasileira que não necessariamente estão sendo ouvidas. Nós tivemos o discurso dos vencedores sobre diversidade que também é sempre muito importante."
"Eu e a Raissa estarmos aqui como pessoas com doenças raras, PCDs, também é importante. Porque também é uma representatividade, que dá espaço, chama a atenção para a causa. Acho que isso faz parte do jornalismo, especialmente do jornalismo público que é o que a gente faz", completou Patrícia.
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A escolha foi feita a partir dos votos dos próprios colegas nas redações, assessorias de imprensa e agências de comunicação do Brasil inteiro. A votação foi feita em dois turnos.
A apresentadora da TV Brasil Luciana Barreto exaltou a presença de jornalistas negras no palco:
“Quem é jornalista sabe que nossa vida é de muita resiliência, dedicação, devoção, mas também de inspiração. Estar entre os 100 + Admirados Jornalistas Brasileiros é experimentar todas essas palavras de uma única vez. A edição de 2025 teve um gostinho especial porque lotamos a premiação com diversidade racial. Foi lindo demais!”
O prêmio tem várias categorias e a seleção regional foi marcada pela presença de três mulheres negras no topo: Kátia Brasil, do Amazônia Real, ficou em primeiro lugar pela Região Norte, Dulcineia Novaes, repórter da Globo Paraná, pela Região Sul e pela Região Centro-Oeste, Basília Rodrigues, da Abraji, que fez um discurso contundente contra o racismo nas redações:
"Ser jornalista é bom, mas tem suas dificuldades. Enfrentar um ambiente racista e mentiroso limita ou tira suas oportunidades. Enfrentar um ambiente racista e mentiroso que finge ser antirracista, que alimenta crises e se incomoda com sua presença, com seu brilho, com seu talento, é pior ainda. O jornalismo tem problemas enormes que vão muito além da inteligência artificial. Problemas antigos."
O prêmio de jornalista mais admirado do Brasil ficou com Caco Barcelos, da TV Globo, que fez uma defesa da reportagem - "um formato em extinção", segundo ele. Barcelos compartilhou o prêmio com outros colegas de profissão, entre eles, o fotógrafo Paulo Pinto, da EBC.
O Prêmio os 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros está na sua terceira edição. As duas primeiras ocorreram em 2014 e 2015. O prêmio foi recriado como parte das celebrações dos 30 anos do portal Jornalistas&Cia, que promove profissionais de texto e imagem.