21/10/2024 às 13h46min - Atualizada em 22/10/2024 às 00h02min

Ucrânia não será tema do Brics, diz chanceler brasileiro

De acordo com Mauro Vieira, a agenda é voltada para fortalecer a parceria entre os países membros, o que inclui a Rússia.

Agência Brasil - Internacional
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-10/ucrania-nao-sera-tema-do-brics-diz-chanceler-brasileiro




Ao chegar à Rússia na manhã desta segunda-feira (21), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, o chanceler Mauro Vieira, foi questionado por jornalistas se a Ucrânia seria tema de discussão na 16ª cúpula do Brics, que ocorre entre esta terça (22) e quinta-feira (24).



“Aqui nos Brics o tema é a cooperação dos Brics”, respondeu o chanceler brasileiro. De acordo com Vieira, a agenda é voltada para fortalecer a parceria entre os países membros, o que inclui a Rússia que, desde fevereiro de 2022, está em guerra contra a Ucrânia.



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Vieira acrescentou que a cúpula deve se concentrar na discussão sobre a modalidade de membro associado do bloco. Até então, cerca de 30 países manifestaram interesse em ingressar no grupo. 



“O Brics, com a expansão, é um processo em formação e os chefes de Estado vão discutir todos os temas que estão na agenda, que são os novos parceiros e as modalidades [de participação no bloco]”, explicou o chefe da delegação brasileira.



Questionado por jornalistas sobre se a Venezuela teria chances de ingressar no grupo como membro associado, Mauro Vieira respondeu que “todos os países candidatos têm [chance]".



Segundo a diplomacia brasileira, um dos destaques da cúpula deste ano é a definição dos critérios para que novos membros ingressem no bloco, não como membros permanentes, mas como membros associados. Após definidos os critérios, a expectativa é que os novos membros associados sejam anunciados. 



O ministro Mauro Vieira foi designado para representar o país depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um acidente doméstico no sábado (19) e os médicos recomendaram que ele evitasse viagens longas. 



Este será o primeiro encontro do Brics com os novos membros que ingressaram no bloco neste ano. Formado até então por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics agora conta também com Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia como membros plenos.



Cúpula Brics



O governo russo informou que 32 países confirmaram presença no evento, sendo 23 representados por líderes de Estado.



Os membros do bloco também devem discutir medidas para reduzir a dependência do dólar no comércio entre os países, além de ações para fortalecer instituições financeiras alternativas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, controlados principalmente por potências ocidentais. 



Estima-se que o Brics concentre cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global, superando o G7, grupo das maiores economias do planeta com Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha, que concentra cerca de 30% do PIB mundial. Além disso, o Brics concentra cerca de 42% da população mundial.



 




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-10/ucrania-nao-sera-tema-do-brics-diz-chanceler-brasileiro
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