Segundo a parceira do Ministério da Saúde, o abastecimento da produção nacional com produtos da empresa será influenciado positivamente pela produção recorde. Para a presidente da empresa, a médica Ana Paula Menezes, as conquistas da Hemobrás refletem o compromisso da empresa com a saúde pública e com o Sistema Único de Saúde (SUS), que é seu único cliente. “Estamos aprimorando, a cada dia, a missão de levar mais saúde e qualidade de vida à população brasileira”, completou em texto divulgado pela Hemobrás.
A empresa conseguiu ainda outra conquista histórica: a queda de 90% no descarte de plasma após o processo de triagem, que avalia a aptidão das bolsas coletadas para a produção de hemoderivados. O descarte passou de 30% para 3%. “O descarte, nesse processo, não está ligado ao desperdício, mas a problemas diversos que afetam a qualidade industrial, como o caso do transporte”, esclareceu.
A Hemobrás identificou, por meio de estudos técnicos, os principais fatores que resultaram no descarte e, assim, pôde alcançar índices melhores. “Os resultados refletem o empenho conjunto e continuado que busca ampliar a busca ativa por mais plasma em hemocentros de todas as regiões do país e o aproveitamento máximo do plasma industrial enviado à Hemobrás”, analisou a gerente de Produtos e Suprimentos Farmacêuticos da Hemobrás, Melissa Papaléo.
Para fortalecer os processos e reduzir a proporção do total descartado, a Empresa definiu uma série de soluções, como a melhoria no processo logístico de transporte do plasma. “Em parceria com a Octapharma, a Hemobrás passou a utilizar caixas de papelão para acomodar as bolsas de plasma, o que diminuiu de forma significativa as perdas por quebra durante o transporte. Não era uma prática comum para a Octapharma, mas a parceira adaptou-se e a solução dada pela Hemobrás foi aplicada e bem-sucedida, como mostram os números”.
Na visão do diretor Industrial da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena, esses desempenhos refletem na qualidade dos produtos oferecidos à população. “São conquistas grandiosas para a Empresa e para a população brasileira porque vemos o amadurecimento do sistema de coleta e de uma utilização cada vez maior do plasma para beneficiamento industrial em favor da produção de medicamentos”, afirmou.
Como forma de fortalecer a Hemorrede brasileira, a Hemobrás reforçou o trabalho qualificando hemocentros em todo o país e ampliando a capacidade de armazenamento de plasma. “Ao todo, 61 serviços foram qualificados para envio de plasma à Hemobrás e, desses, 55 hemocentros já enviam, juntos, cerca de 20 mil litros de plasma mensalmente. A diferença entre os qualificados e os que já fazem os respectivos envios se dá porque existe um tempo entre o serviço ser qualificado e passar a enviar o plasma em função da necessidade de algumas adequações no processo e sistema e necessidade de obtenção de autorização do Ministério da Saúde”.
No planejamento para 2025, a Hemobrás pretende ampliar o número de hemocentros qualificados, requalificar os já aptos para o fornecimento de plasma, e aumentar a capacidade de armazenamento e envio de plasma dos que já são fornecedores. “Esse trabalho será resultado de investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal”, concluiu.
O investimento do governo federal na ampliação do volume de plasma coletado nos hemocentros contou com o valor de R$ 100 milhões como parte do PAC, que tem como um dos objetivos renovar e ampliar o parque tecnológico dos serviços de hemoterapia. “A ação do Ministério da Saúde já está em fase de assinatura de contratos e vai beneficiar, inicialmente, 56 hemocentros, de um total de 120 selecionados. A expectativa é que o aumento da capacidade de armazenamento desses hemocentros seja de fundamental importância para que a Hemobrás chegue, ao final de 2025, com mais de 300 mil litros captados”, informou.