Os funcionários estavam parados desde o início da semana em protesto contra a implantação da jornada 6x1 – seis dias de trabalho por um de folga, assim como a jornada 6x2.
A decisão pela paralisação foi motivada, segundo o sindicato da categoria, pela postura intransigente da empresa e recusa em dialogar sobre a jornada de trabalho. Na próxima segunda-feira (2), está marcada audiência no TRT-2.
“Diante da tentativa arbitrária da PepsiCo de implementar a jornada 6x1 e 6x2, propusemos a jornada de trabalho espanhola como alternativa [alternar entre uma semana de 48 horas e uma semana de 40 horas]. Porém, mesmo com nossas insistentes solicitações para um diálogo construtivo, a empresa se manteve inflexível”, divulgou o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo e Região (Stilasp).
O tema ganhou repercussão nacional em novembro em razão da proposta de Emenda à Constituição Federal (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), que propõe jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana no Brasil.
A PepsiCo disse, em nota, que “cumpre rigorosamente as leis do país e, ainda que em discussão no Congresso, a jornada 6x1 está de acordo com a legislação brasileira em vigor.”
“A PepsiCo permanece aberta ao diálogo com seus colaboradores e representantes sindicais em busca de soluções equilibradas para todas as partes, reafirmando o seu cuidado e compromisso com as pessoas com base em relações éticas e responsáveis que sempre orientam as suas decisões”, informou.