O questionário foi aberto em outubro de 2023 e coletará respostas até 31 de dezembro de 2027. Até o momento, foram registradas 31 respostas. O projeto é elaborado mediante parceria do governo federal com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Com o preenchimento do formulário, será possível à equipe do projeto incluir na avaliação critérios relativos à percepção de passageiros sobre os recursos de acessibilidade que podem utilizar. Além disso, a previsão é de que, no início de 2025, qualquer pessoa possa visualizar como cada aeroporto está classificado.
Tonin comenta que, para poder situar melhor o Brasil no contexto global, a equipe do projeto viajou ao exterior e observou quais soluções aeroportos de outros países encontraram para se adequar às pessoas com deficiência. Como bons exemplos, ele menciona a disponibilização, com custeio do próprio aeroporto, de aplicativos semelhantes ao Be My Eyes (Seja Meus Olhos, em tradução livre), que auxilia pessoas com deficiência visual, ao conectá-las com voluntários que utilizam a própria câmera para guiá-las, e de cães-guia, estes ainda em fase de aprimoramento.
O coordenador da UFSCar afirma ainda que muitas das barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência poderiam ser superadas se houvesse mais comunicação entre as companhias aéreas e os passageiros e entre as companhias e os aeroportos. Situações como aquelas em que o aeroporto opta por fazer embarque ou desembarque de um voo com um passageiro com deficiência de modo remoto, ou seja, por um portão distante da base central e que exige deslocamento com ônibus, podem ser tratadas de outra forma. "Isso acaba gerando diversos constrangimentos", diz Tonin.
"Muitas vezes, o uso da infraestrutura é dificultado porque houve algum problema de comunicação."
O questionário pode ser respondido em uma página do Participa + Brasil . Segundo Tonin, a equipe pretende lançar, em breve, uma interface mais acessível. No Aviação Acessível, é possível obter uma cópia do Manual de Acessibilidade na Aviação Civil.