Um oficial das Forças de Defesa de Israel (IDF) disse que as tropas terrestres estão se aprofundando na cidade, em direção ao centro, e que o número de soldados aumentará nos próximos dias para enfrentar até 3 mil combatentes do Hamas que a IDF acredita ainda estarem na cidade.
Autoridades de saúde de Gaza informaram que pelo menos 40 pessoas morreram, a maioria delas na Cidade de Gaza, nas primeiras horas da ofensiva, quando ataques aéreos varreram a cidade e incursões de tanques foram relatadas por moradores em várias áreas.
Israel renovou seus apelos para que os civis deixem a cidade, e longas colunas de palestinos se dirigem para o sul e o oeste em carroças de burro, riquixás veículo de tração humana com duas rodas), veículos pesados ou a pé.
"Eles estão destruindo torres residenciais, os pilares da cidade, mesquitas, escolas e estradas", disse à Reuters Abu Tamer, um homem de 70 anos que estava fazendo a árdua jornada para o sul com sua família, em uma mensagem de texto.
"Eles estão apagando nossas memórias."
Horas antes da escalada, o secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Marco Rubio, ofereceu apoio à decisão do governo israelense de abandonar as negociações de cessar-fogo e usar a força para esmagar o Hamas.
Embora os EUA desejem ver um fim diplomático para a guerra, "temos que estar preparados para a possibilidade de que isso não aconteça", disse Rubio em entrevista coletiva em Jerusalém, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nessa segunda-feira (15).
Ele endossou a exigência israelense de que o Hamas se desarme, se dissolva e liberte todos os reféns restantes de uma só vez como a única maneira de acabar com a guerra.
O Hamas afirma que libertaria todos os reféns como parte de um cessar-fogo permanente que levaria à retirada das forças israelenses de Gaza, mas prometeu não se desarmar até que um Estado palestino seja estabelecido, objetivo que Israel está determinado a impedir.
*É proibida a reprodução deste conteúdo.