“Além de cometerem estupros virtuais e divulgar conteúdo sexual com menores de idade, os envolvidos induzem as vítimas a automutilação e até suicídio. Eles também são suspeitos de serem mentores de ataques a escolas”, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Segundo a pasta, o trunfo da operação foi conseguir levantar provas suficientes para enquadrá-los em uma organização criminosa.
Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, quatro de apreensão contra adolescentes e 10 mandados de busca e apreensão. Em São Paulo, o alvo foi um adolescente na cidade de Descalvado, apontado como um dos donos do grupo investigado.
Outro apontado como dono do grupo foi apreendido em Pernambuco. O pai dele também foi preso, já que, segundo a Polícia Civil, no nome dele estavam as contas bancárias que recebiam o dinheiro proveniente da venda de pornografia infantil. Os outros adolescentes foram apreendidos em Minas Gerais e no Distrito Federal.
O decreto que institui o Núcleo de Observação e Análise Digital (NOAD) foi publicado também nesta sexta-feira, no Diário Oficial do Estado. O grupo, formado por integrantes das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica, vai atuar no monitoramento de redes sociais, fóruns e plataformas de comunicação.
A SSP explicou que, após identificar pessoas envolvidas em crimes, o núcleo fará relatórios detalhados que vão embasar as operações policiais para o cumprimento dos mandados.